O que é fratura de ombro?
A fratura de ombro é uma lesão óssea que ocorre após um trauma. As fraturas do ombro são comuns em pacientes idosos devido a menor qualidade óssea ou em pacientes jovens após traumas de maior energia. As fraturas mais comuns do ombro ocorrem no úmero, mas também podem ocorrer comumente na clavícula e, menos comumente, na escápula.
Quadro clínico e Exame Físico
Geralmente há uma história de trauma sobre o ombro seguido de dor e dificuldade de movimentação. Após algumas horas ou dias podem apresentar aumento de volume no ombro e hematoma que pode se espalhar até o cotovelo e mama. As fraturas da clavícula podem apresentar desvios que são facilmente perceptíveis e palpáveis na base do pescoço. Já as fraturas da escápula são mais difíceis de serem diagnosticadas clinicamente e requerem um trauma maior.
Exame de Imagem
A radiografia é o primeiro exame solicitado aos pacientes com suspeita de fraturas. O ideal é que se realize um estudo radiográfico chamado série trauma com no mínimo 3 incidências (AP, perfil da escápula e axilar).
Caso seja necessário um exame mais detalhado a Tomografia Computadorizada é solicitada. A tomografia com reconstrução tridimensional mostra informações importantes acerca do traço de fratura.
Tratamento da fratura de ombro
Como foi dito anteriormente, o ombro proporciona uma grande amplitude de movimento, mas para isso ser possível é necessário que todas as suas estruturas estejam numa relação mais anatômica possível.
Fraturas sem desvio podem ser tratadas com imobilização em tipoia. Não usamos gesso para imobilizar as fraturas de ombro. O tempo de imobilização no tratamento depende do tipo de fratura, mas geralmente varia de 4 a 6 semanas. Temos preferência pelo uso da tipoia em posição funcional.
Fraturas com desvio devem ser cuidadosamente avaliadas pelo médico e podem exigir tratamento cirúrgico. A técnica de fixação depende do tipo de fratura, mas pode ser feita com amarrias com fios inabsorvíveis, passagem de pinos rosqueados, placas e parafusos ou próteses especiais em paciente idosos. É fundamental que o cirurgião escolha adequadamente o melhor implante para o tratamento da fratura do seu paciente.
Após a cirurgia, o paciente deve utilizar uma tipoia para imobilização.
A fisioterapia é iniciada após sinais de consolidação óssea ao exame radiográfico, e são realizados exercícios para ganho de mobilidade, analgesia e, posteriormente, exercícios para fortalecimento e reequilíbrio neuromuscular.
O retorno às atividades ocorre em torno de 5 meses após a cirurgia.